Pois recebi n'outrora
O chamado da vida
E na vindoura aurora
A chama garrida
Que inflama afora
Como besta renascida.
E nesta contenda maculada
Pelo ardor de meu âmago
Em desvantagem deflagrada
Rogo ao relâmpago
Que a deixe na madrugada.
E na vigília jacente
Após meu temor sombrio
Seguirei prudente
Ao longínquo covil
Onde a verei ofuscante
E receberei gentil
A pessoa mais deslumbrante
Que este que vos escreve já viu.
Rogo pela minha sanidade
Rogo pelo seu apreço
Para que entenda meu ostensivo pudor
E que saiba extrair meu humor.
Suplico seu cortejo
Sua voz silenciando a minha
Suplico suas pequeninas mãos
Acolhendo as minhas.
Requeiro o seu perfume
Tomando o volume de meu brio
Expulsando os demônios do meu passado
Devolvendo algo que há muito, de mim, foi furtado.
Me quero como seu escudo, sua defesa inexorável
Me quero como seu guardião, seu devotado
Como protetor, arcabouço, terra firme
Me quero como seu. Somente seu.
A Nameless Ghoul, 09/Set/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário